A corrida


A CORRIDA
De acordo com Evangelista (2009, p. 12), a corrida de rua tornou-se uma das modalidades esportivas mais praticadas no Brasil hoje em dia, chegando a reunir mais de 25 mil pessoas em uma única prova. Com o aumento do número de praticantes, os profissionais da área da saúde se viram, de certa forma, obrigados a acompanhar esse fenômeno de crescimento para preencher as necessidades de seus clientes. Foram criadas inúmeras empresas de assessoria esportiva com a finalidade de suprir a demanda do mercado. Essas empresas têm como função fornecer aos seus participantes programas completos de treinamento, dicas nutricionais, avaliação física e conselhos na aquisição dos melhores produtos para a prática da corrida.
Para Joe Henderson (2006, p.3), correr é uma atividade que transcende a locomoção básica, não é algo simples de apresentar. Uma das complicações é que não é uma única atividade, mas de um aglomerado de muitas atividades que se abrigam sob um guarda-chuva. Pode-se correr por condicionamento ou para competir, para relaxar ou por lazer, pela conversa ou pela contemplação - ou por duas ou mais dessas razões combinadas. Pode-se correr distâncias longas ou curtas, em ritmos fáceis ou intensos - ou um pouco de cada. Pode especializar-se em correr ou encaixar a corrida num esquema mais amplo de condicionamento físico que inclua esportes e exercícios suplementares e complementares. Pode-se correr todos os dias do ano, ou saltar alguns dias ou estações inteiras.
O guarda-chuva da corrida nunca abrigou tantas pessoas. O número total de corredores é o maior de todos os tempos e o escopo da corrida se amplia cada vez mais. Corredores idosos, lentos, pesados e, especialmente, atletas do sexo feminino nunca se sentiram tão bem-vindos. Seja qual for o tipo de corredor que é ou deseja se tornar, você encontra seu lugar ao sol nessa atividade.
Em março de 2009, a corrida foi eleita pela Revista Isto É o segundo esporte mais praticado nas metrópoles brasileiras. Há quem diga que o sucesso da corrida está em sua simplicidade, uma vez que basta calçar o tênis e se está pronto para a prática da corrida.
No entanto, existe uma grande diferença entre correr e sair correndo, pois o correr envolve uma ciência voltada para a prática do esporte denominado corrida, seja ela de longa ou de curta distância; e o sair correndo, não. 
O esporte corrida começou a popularizar-se a partir da década de 1970 com as publicações do médico e pesquisador Kenneth Cooper (Cooper, 1968), que desenvolveu um método simples de avaliação da componente cardiorrespiratória, na época utilizado por muitos esportistas de todas as modalidades, como o famoso Teste de Cooper de corrida (MACHADO, 2013, p. 21).


Correr é natural? 
Sim e não. Quem nunca falou que para correr basta colocar um pé na frente do outro que atire o primeiro tênis. Sim, correr é natural. Em tempos remotos, há milhares e milhares de anos, o homem tinha de correr em busca de sua caça; correr do perigo, correr para se deslocar de um ponto a outro. Sem tênis, sem técnica, apenas um pé na frente do outro? Não. Cada atleta tinha sua biomecânica e seu estilo de corrida, que, aos poucos, passaram a ser observados e analisados. Exercícios e métodos foram desenvolvidos para melhorar a postura, economizar energia durante a atividade, reduzir os riscos de lesão.

No entanto, a postura de um corredor é o resultado de uma complexa combinação de fatores. Influenciar a forma como uma pessoa corre não é algo simples. Leva tempo. Inclusive há quem considere essa tarefa ingrata, pelo fato de algumas vezes não resultar em benefícios concretos em desempenho(ROMANOV; BRUNGARDT, 2018, p. 9). 

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