Como iniciei na corrida

Meu nome é Everton Luis Ristow, tenho 38 anos, sou médico e estou no grupo corra e viva há quase um ano. Minha história na corrida começa como uma necessidade de manter uma atividade física, quase uma obrigação de ter que correr do que propriamente uma satisfação da atividade. 

Perdi as contas de quantas vezes iniciei e saí de academias por não aguentar a mesmísse dos exercícios e a monotonia de puxar ferro. Não consigo correr em esteiras, deve ser algo mental, não sei, mas acho muito estranho o chão se mexer e eu não sair do lugar. Então, correr na rua sempre foi a única alternativa para essa prática. 

Resolvi correr sozinho inúmeras vezes, principalmente quando o reflexo no espelho já estava bem mais arredondado do que me lembrava, mas a sensação de obrigação era muito maior do que a de prazer.

Minha primeira equipe foi minha esposa, Daiane. Ela morando em Porto Alegre onde fazia residência médica, me convidou para ir correr no POA nigth run, só pela vibe de ser a noite e ter um túnel inflável onde tinha som e luzes para motivar os atletas! Foi legal! Tinha o túnel, tinha fruta, tinha até massagem para relaxar! Motivado, resolvi participar da corrida gigante, feita pelo maior clube do sul do mundo, o Colorado claro! Aí foi o auge! Corrida de 6km e entrada no beira rio com direito a aparecer no telão! A motivação seguiu por pouco tempo! Como estava eu em Bagé e minha “equipe” em Porto Alegre, as corridas se tornaram cada vez mais raras e foram substituídas por outras tentativas de retornar à academia. Não preciso dizer que a forma arredondada foi se transformando em forma física oficial! 

Com o retorno da Daiane a Bagé retomamos algumas atividades, caminhadas, corridas esparsas, até a gravidez! O nascimento da minha filha foi o fator que mais me motivou para realmente retomar uma atividade regular e tentar me cuidar mais.

Procurei o corra e viva, gostei de ter alguém orientando o trajeto, a diversidade de treino e a sensação de estar testando minha capacidade física. Hoje, após os primeiros minutos de corrida onde ainda me pergunto o que estou fazendo, vem a sensação de bem estar. Tenho notado que ao correr, fico viajando em meus pensamentos, escutando minha música e tentando fazer com que os 20 minutos da ida se transformem nos mesmos 20 minutos da volta… Enfim, acho que estou criando o hábito!