Diário do corredor / Manter um histórico







Você pode ser seu próprio biógrafo. Não é necessário ser um escritor talentoso para tirar proveito de um diário. Você não precisa mais de um minuto por dia para escrevê-lo. Nem sempre se tem de escrever uma, ou várias palavras, números sozinhos contam histórias tanto quanto evocam antigas sessões de treino e sugerem novas possibilidades. O método começa com três diretrizes:

  1. Mantenha registros simples - Limite a quantidade de informações a alguns dados essenciais que possam ser anotados com poucas palavras, rapidamente e de modo acessível, para futuras revisões. Quanto mais difícil manter um diário, menor a probabilidade de que você o utilize. Você não precisa de um diário de treino impresso. Um calendário com quadrados grandes para cada dia servirá bem, contanto que esteja afixado à parede de seu quarto ou escritório, mas não será fácil levá-lo de um lugar a outro. Um caderno de notas é melhor para transportar. Preencha uma, duas ou mais linhas por dia.
  2. Atualize-os - Analise os dados acumulados. Reveja-os ao final de cada semana, mês e ano. Quanto mais tempo você mantiver o diário, mais claros se tornarão seus padrões de resposta ao exercício - e mais claras suas idéias a esse respeito. Dias de treino deixam pegadas e aparentemente sem sentido no diário. A princípio, você não consegue perceber muito bem a direção através delas. Mas semanas, meses e anos formam um rastro que aponta duas direções. Mostra onde você esteve e para onde poderá ir.
  3. Guarde-os - Guarde suas anotações em lugar seguro, tratando-as como o material precioso em que se tornarão com o tempo. O valor delas aumenta com o tempo e volume. O principal mérito de um diário é ser uma biblioteca pessoal de sonhos e lembranças. Você poderá abri-lo em qualquer página e trazer aquele dia de volta à vida. Você pode produzir um vídeo imaginário e, com alguns dados daquela página, recriar tudo o que fez e sentiu naquele dia. Essas anotações dão substância e permanência aos esforços que, de outra forma, seriam tão efêmeros quanto o momento e às experiências, que seriam tão invisíveis quanto pegadas na calçada.

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